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Vila Real, Portugal
Podia escrever aqui muita coisa, mas nada seria tão certo e real como os pequenos desabafos aqui deixados... Desabafos de vida...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Perfeito, perfeito...


Hoje durante uma conversa de café sobre um recente amigo meu, que as minhas amigas ser o par ideal para mim, uma delas disse-me "Ve lá se aproveitas o que Deus te dá que Ele mim não me deve ligar nunca". Quando a questionei porque é que ela dizia tal coisa ela respondeu-me que não tinha muito tempo para Ele.

Durante o meu curto mas intenso tempo de vida, aprendi que Deus nunca nos vira as costas, somos nós que O deixamos para seguir o caminho que achamos ser o melhor para nós e Ele, como bom pai que é, não nos impede na nossa caminhada por mais errada que ela seja. Tal como na parábola do filho pródigo, o Pai espera por nós na soleira da porta, vislumbrando o horizonte e correndo ao encontro de cada filho seu que volta a casa. Um pai que não nos culpa nem nos repreende, por mais asneiras que tenhamos feito e por mais negros que tenham sido os nossos caminhos longe Dele. E quando somos capazes de O olhar nos olhos, vemos os mesmos olhos repletos de amor infinito, tal como no dia em que nos concedeu o nosso maior dom: o dom da vida!!!!!!!!!!!!

Perante tudo isto, a unica coisa coerente que se pode fazer é deixamo-nos abraçar por Ele e sentir o seu amor e depois...depois é mostrar aos que nos rodeiam o bom que é sentir que alguém nos ama, que nos reconforta quando choramos e sorri connosco.

Amar é assim...

Simplesmente eu...



Que dizer sobre mim? Quando esta pergunta me é feita, a primeira imagem que aflui a minha mente é do conjunto de pessoas que me acompanharam ao longo da minha vida e me cativaram, tal como o Principezinho cativou a raposa perto de uma macieira. Acho que sou um pouco de cada uma dessas pessoas, com personalidade própria mas ainda assim um pouco delas, pois cadauma me obrigou a reflectir e a olhar para dentro de mim mesma e tentar encontrar-me.
Sou uma ‘miúda’ cativada pelo mundo, chega o cantar de um pássaro para arrancar um sorriso de deslumbramento. Mas ser capaz de me cativar pelo mais simples e natural também tem o reverso da medalha, os meus momentos de contemplação ás vezes duram mais tempo do que deviam e ás vezes também me desiludo. Que mais posso dizer sobre mim? Gosto de observar quem me rodeia, aprender a conhecer as pessoas apenas pelos gestos ou por aquilo que muitas vezes escapa à primeira vista, como diz o ditado português reformulado “um gesto ou um olhar por vezes valem mais que mil palavras”.
No que diz respeito às relações pessoais, gosto de ouvir os outros, independentemente da idade ou do estrato social mas tenho muitas dificuldades em falar de mim ou dos meus problemas, prefiro guardá-los para mim e reflectir sobre eles e faço-o, não por uma questão de egoísmo mas sim por pensar que todos nós temos problemas e que (infelizmente) nem sempre o que desabafamos fica numa conversa particular. Mesmo assim, gosto de arrancar um sorriso da cara mais sisuda ou tristonha, enfim, não gosto de ver ninguém triste.
A minha vida é conduzida pelos princípios em que acredito, de uma maneira quase sempre calma e coerente, mesmo que tenha de passar a vida a lutar para ter aquilo que quero! Mas é este facto que me faz sempre lutar e nunca desistir porque a satisfação de chegar aos meus objectivos por mim mesma é indescritível!
E claro, falta-me falar se calhar do mais importante e que me fez continuar neste curso quando não era a minha primeira opção: a minha paixão por crianças. Existem muitas pessoas que me questionam o porquê de continuar este curso quando o que gostava era de estar num laboratório entre tubos de ensaio e microscópios. Geralmente a resposta segue-se sempre a um sorriso de orelha a orelha e depois digo: ser educadora de infância é a oportunidade que Deus me dá de ser inocente e espontânea como elas (as crianças) e não há nada mais gratificante que acompanhar o crescimento de uma criança! E depois desta simples resposta quem me questiona geralmente fica de boca aberta e acaba por me chamar criança. Sim, nunca perdi o meu lado de criança, talvez por isso me cative com o mais simples que existe, como se fosse a primeira vez que olho para o mundo…