Amor...

Fecho os olhos e finalmemente

Te alcanço, no negro da noite

Consigo sentir o Teu odor

O Teu abraço, o Teu calor

Tantas vezes Te neguei

O abraço, o carinho...

Tantas vezes chorei

Por não Te sentir comigo.

Agora sim dou conta,

Que por mais que queira

Não Te consigo tirar de mim

És o mais belo do meu jardim

Depois da Tua lição de amor

Apenas posso acreditar

E amar, amar, amar!

Amar com o teu amor!

Tentar ser como Tu

Caminhar Contigo aonde for

Dar-me com todo o meu fulgor

Só porque me amas!

Por ti...

Por ti correria o mundo
Em busca do teu sorriso
Tirar-te-ia desse poço sem fundo
Por ti soltaria o meu barco do cais

Por ti a vida é fácil
É o dom esplêndido de Deus
Viver para ti, viver em ti
Para que sejamos um, unidos

Por ti abandonaria a casa
Para contigo seguir o rumo
Dos que amam sem olhar para a mão
E dos que se dão com gosto

Por ti, abraçaria as tuas dores
As tuas angustias e o teu pranto
Gritaria bem alto teu canto
Dar-te-ia a mão sem que pedisses

Por ti a vida é fácil
É o dom esplêndido de Deus
Viver para ti, viver em ti
Para que sejamos um, unidos

Por favor...

Deixa-me estar apenas Contigo... Não compreendo o mundo, não quero estar aqui... Deixa-me sentir a paz que sinto de cada vez que olho para Ti, quando Te baixas ainda mais que eu para que Te entregue o que inquieta... A paz que experimento sempre que na minha solidão Te contemplo...

Deixa-me estar apenas Contigo...

Suspensa...

Suam-me as mãos,
O meu mundo caiu
Treme-me a alma,
Os meus pés fogem do chão
O meu mundo desabou…
Só uns segundos bastaram
Para que te conhecesse,
Uns olhos que não enganam
Tão parecidos com os meus!
As lágrimas correram-te pelo rosto
E a minha vida parou ali, suspensa.
Voltei a ser menina no teu colo
A tua menina, o teu orgulho…
A criança de sardas com quem brincavas
A quem arrancavas um sorriso quando caía.
A menina que chorou quando partiste
E que sempre por ti esperou…
Agora sou a adulta
De quem o coração parou…
Suspenso…

Em Ti...

Só hoje consegui tirar a Tua imagem dos meus olhos sujos, enevoados pela tristeza. Ontem ao entrar naquela sala, não consegui deixar de Te olhar e todo o mundo à volta desapareceu... Tirei-te dos olhos mas não do coração... estou tão em Ti que já não sei onde termino eu e começas Tu...
Tão embrenhada em Ti que a minha vontade já não conta, apenas o desejo de servir e dar tudo de mim... O pouco que sou para que o mundo seja um pouco mais feliz.

Aprendo cada dia a não questionar, a não dizer não... A respirar com calma mesmo quando parece o fim... Aprendo a reconciliar-me Contigo a cada passo que dou, cada vez mais em direcção a Ti... Apenas a Ti.

Aprendo a aceitar o dom do serviço com que me prendaste e a não o fechar dentro de mim... Mesmo que por dentro chore... Se Tu foste forte também quero ser... Diz-me que queres que faça... E eu simplesmente o farei... Aqui está a minha resposta...

Hoje sim...

Eu não sou nada e do nada nasci

Mas Tu me amas e morreste por mim.

Frente à cruz só posso exclamar:

Eu sou Teu... eu sou Teu...

Toma meus braços, Te peço

Toma meus lábios, Te amo.

Toma a minha vida, ó Pai

Eu sou Teu, eu sou Teu

Quando de joelhos Te oro, Jesus,

Vejo Tua grandeza e minha pequenez.

Que posso dar-Te eu, apenas meu ser

Eu sou Teu... eu sou Teu...

Toma meus braços, Te peço

Toma meus lábios, Te amo.

Toma a minha vida, ó Pai

Eu sou teu, eu sou Teu

Apenas isso...

Dar mais - Artista Desconhecido

Momentos...

Por breves momentos volto aqui... Para deixar o testemunho de uma das mais belas Eucaristias a que assisti. Hoje foi dia de missa da Catequese na paróquia da Sé e hoje era uma Eucaristia especial; hoje realizava-se a Festa do Pai Nosso.

E hoje... Hoje o Reino dos Céus desceu sob a Sé... Não sei explicar o que se passou dentro de mim nem o porquê. Para qualquer lado que olhasse via crianças, não apenas crianças que frequentam a catequese, mas também as de colo, as que brincam com carrinhos enquanto decorre a homília! A Sé hoje foi pequena para acolher tanta gente, tanta alegria, tanta inocência... Tudo comungado por todos. E no momento do Pai Nosso, ao ouvir todo aquele coro celeste, as vozes das crianças, as suas maozinhas agitando-se no ar e unidas umas nas outras, tocando o céu... Nesse momento olhei-Te no sacrário e as lágrimas simplesmente começaram a rolar... Não me importei que olhassem para mim... Sei que não fui a unica a faze-lo, pois um momento assim não toca apenas uma pessoa.

Por este momento de puro Céu... Obrigada Pai...