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Com sede de Ti...

"Dilema"

Hoje senti novamente a vontade de voltar a este meu cantinho tão especial, que tantos anos da minha vida vê escritos... Mais ou menos constante, com mais ou menos dúvidas... Medos... Mas também certezas que fazem parte da minha vida e das quais não prescindo!

Faz-me bem ler tudo o que escrevi, lembra-me onde comecei, parei e para onde me dirijo.

Há algum tempo que me debato com um... Chamemos-lhe "dilema"... e chamemos-lhe assim porque não o deveria ser com tudo o que já vivi e senti... Perto de minha casa existe a igreja paroquial da cidade onde moro agora, passo à porta todos os dias e lembro-me que a primeira coisa que senti quando soube que tinha a igreja perto de casa foi uma alegria imensa por saber que tinha ali um porto seguro... Um lugar onde poderia estar em paz, num mundinho só meu... Não fosse a pequena parte de eu ainda não ter tido a coragem de passar para o lado de dentro daquelas portas de madeira que tanto me cativam!

A minha fé não se alterou, antes vejo as coisas com outra calma que antes não tinha e talvez seja isso a que chamam crescer... Mas não sou capaz de entrar para ouvir a palavra de quem me deu o dom da vida e me salvou com a Sua morte...

Justificação? Não tenho! Sei que vou um dia ter a coragem de passar aquelas portas maciças de madeira... Sei que vou renascer para a Palavra com a mesma naturalidade com que respiro... 

Até lá mantenho-me no meu flutuar sereno... 

:)

Fazer com amor...

De vez em quando fazem-nos falta aquelas conversas onde somos apenas meros ouvintes mas aquilo que é dito faz-nos pensar e analisar a nossa vida de uma nova perspectiva... Uma perspectiva à qual já não estávamos habituados. Tive o privilégio de assistir a uma dessas conversas há poucos dias e vai-me dando que pensar ao longo destes dias, mesmo durante as horas de trabalho.
Quantas vezes nos é pedido que seja feito algo e o primeiro pensamento que nos ocorre é de que lá vamos nós perder o nosso tempo com algo que até nem temos muita vontade de fazer ou pensamos que não temos de ser nós a realizá-lo... E escapa-nos a beleza e a candura do amor que poderíamos por naquilo que fazemos... Simplesmente porque amamos...
É tão mais simples e tão mais belo quando por momentos nos esquecemos de nós e das nossas necessidades e apenas damos... Tudo de nós nos gestos mais simples... É como voltar a ser criança, resgatá-la no fundo do nosso ser onde muitas vezes a colocamos, por necessidade ou porque é mais fácil aparentarmos dureza e que não precisamos de ninguém nem de simples gestos... Simples amor...
Obrigada por mais um ensinamento...

Constantes...

Depois de muito tempo sem nada a dizer neste pequeno espaço, ou melhor, nada que fosse especial ou novo, aqui estou eu... Tanta coisa mudou, fez-me perceber que há tão poucas constantes na vida... Uma delas é o próprio dom da vida, outra claro é o Pai e o Seu amor incondicional... Tudo o resto pode ser uma constante, mas limitada por tempos, sentimentos e estados de espírito e muitas vezes uma constante hoje deixa de ser uma constante amanhã... Confuso? Também acho que sim, mas isto tem-me dado a volta à cabeça a cada dia que passa, a cada dia que vou vivendo e vejo a minha vida sempre a mudar... Vejo o meu frágil equilíbrio entre dois mundos tornar-se tão ténue, tão sem chama, tão sem nexo. Equilíbrio entre aquilo que sou e aquilo que quero ser... Alguém me disse em tempos que ninguém muda, somos simplesmente aquilo que somos...Hum, não me parece... Não podemos ser apenas tábuas rasas e talvez eu seja um bom exemplo disso, sempre em metamorfose constante, mantendo apenas as duas constantes da vida e do Pai... O que faz cada metamorfose? Talvez as outras "constantes temporárias", que vão ganhando ou perdendo a intensidade ao longo dos dias, semanas, meses... Ou apenas ficam adormecidas, à espera da oportunidade para brilharem de novo com toda o esplendor do primeiro dia em que a sentimos... A isto simplesmente se chama vida...

Nossa Mãe...

"Maria é o conjunto dos defeitos invisiveis de Deus"

Amar...

"Fogo, tu és catequista?!?!"

Esta pergunta tem-me dado o que pensar já há bastante tempo... Sim, sou catequista e não tenho medo de o assumir! O que me dá que pensar é a admiração com que se faz a pergunta... É algo assim tão fora do normal?! Acreditar em ALGO e tentar ser util é assim tão estranho? Tambem sou do Benfica e a admiração não é tão grande!

Já perguntei o porquê de tanta admiração e uma das respostas foi: "Pareces tão normal... Doida!".

Ser Católica e tentar todos os dias ser Cristã não é algo que faço nos tempos livres... Faz parte daquilo que eu, Ni, sou. Ainda assim sou uma pessoa normal: converso, rio, bebo, saio à noite, vejo jogos de futebol, digo piadas!

Acho que este é o tipo de preconceito que afasta as pessoas da igreja, principalmente as mais jovens... Acharem que fazer parte de algo nos faz ter um rótulo na testa ou que o compromisso implicito nos prende... E cada vez mais a frase "Amas Deus porque Ele te deixa livre" faz sentido...

Ver-Te...

Este Domingo foi a um sitio que recordava da minha infância... Era uma recordação que me lembrava os meus primeiros momentos de contemplação e sempre que via menos luz era a essa recordação que recorria para voltar a sorrir.

Foi como voltar 15 anos atrás no tempo... Voltei e ser a menina tão pequenina o observar o maravilhoso que é o Teu reino Pai... Com o mesmo assombro por ver uma paisagem tão pura... Foi este espaço o meu monte das Oliveiras, e a Quaresma que não fiz até aquele dia foi vivida tão intensamente ... Tão contemplada!

Mais uma vex senti o Teu abraço... E parecia ouvir-Te sussurrar "Nínguem te ama como eu"...

Roda e roda...

Já há bastante tempo que não vinha aqui... Não que não haja nada para escrever, mas nada que possa ser escrito neste canto... Porque neste momento não me identifico com as passagens que foi escrevendo ao longo dos anos.

Talvez esteja a passar por aquilo a que se chama uma crise de fé... A minha chama está tão pequenina como há muito tempo não a via... E isso assusta-me... Juntamente com a sensação de ser uma ilha, um peixe fora de agua neste lugar... Não entendo o mundo... E tambem já conclui que não quero perceber... O que me deixa com uma de duas alternativas... Lutar ou juntar-me ao mundo que não compreendo e deixar de ser aquilo que sou e passar a ser o que querem que seja...

Let the game begin...

Sabe tão bem...

1040... 1068... 1080... 1105... 1114... Hoje o meu coração transborda de alegria e de louvou a Ti Pai... Mais uma vez me chamaste ao Teu serviço, mais uma vez confiaste em mim para pôr tudo de mim ao serviço dos outros. Tal como dizia ontem alguém... Eu Ni... Desapareci, deixei-me usar por Ti.

Este CF foi especial, foi a sensação magnifica de fazer parte de algo bem maior... Algo que não dura apenas três dias, mas são os primeiros três dias do resto de uma vida. E sabe tão bem ver pessoas que servi, servirem agora de alma e coração... Dando tudo para que novas pessoas possam ver a Tua luz. É um orgulho, uma benção! Não Te posso pedir mais!

Acertar pontos...

Estive bastante tempo sem vir aqui a este meu cantinho escrever, desde a ultima vez que fui a casa. Durante esses dias na minha terra, vi muita coisa e senti muita coisa que não gostei de ver nem sentir.

Por mais voltas que dê à cabeça não consigo perceber o que vai na cabeça das pessoas para acharem que por levar um amigo a minha casa, automaticamente tenho de ter algum caso amoroso com ele. Devo ser das poucas raparigas que se dá mais com rapazes do que com raparigas e mesmo assim o filme continua!

E o que me incomoda não é o facto de andarem a fazer filmes, o que me incomoda é que quem os faz já deveria conhecer-me um pouquinho mais... E não custava nada perguntarem antes de começarem a filmar a telenovela!

Em vez de filmes, pergunto eu se não seria mais amigo perguntarem como estou, se o amigo que trouxe (que por acaso se chama Bruno) me entende, acima de tudo se me respeita.

Sinto-me desiludida, triste a abandonada... Por pessoas que pensava que estariam sempre lá... Ganda filme! Não é isto que Ele nos pede...

Canal aberto...

"São Judas Tadeu, Apóstolo glorioso, fiel servo e amigo de Jesus! A igreja honra-vos e venera-vos em todo o mundo como patrono dos casos desesperados e situações de difícil solução.

Eu vos imploro: vinde em meu socorro e assisti-me nesta minha grande aflição, para que eu possa receber as consolações e o auxilio do Céu. Alcançai-me, São Judas,e, mesmo que não me seja concedido o que peço, possa eu bendizer a Deus convosco e todos os eleitos por toda a eternidade. Ámen.

São Judas Tadeu, rogai por nós e por todos os que vos honram e invocam."

Sexta Feira mágica...

Não o vou negar... Esta semana começou tão bem que nada consegue tirar a calma que finalmente recomeço a recuperar... Li, chorei... Percebi mais uma vez que tenho uma missão de serviço que me realiza, que me faz sentir bem pertinho Dele... que me faz sentir normal... Podem ser apenas alguns dias por ano mas é onde vou buscar a água que mata a sede no resto dos dias...

A sensação de plenitude e calor do Pai que me encoraja a seguir em frente, mesmo sem saber a finalidade do que vai acontecendo.

Já é sexta-feira, e como no rsto dos dias desta semana e das próximas, vou passar o dia a trabalhar e quando chegarem as 22 horas vou sair do trabalho de cabelos em pé, vou beber uma água das pedras com limão e açucar e venho para este meu cantinho. E Sábado de manhã rumo para casa...

Aborrecido?! A mim basta... E esta serenidade... É nossa... Minha e Tua...

Simples frase...

Acabei de falar com a minha mãe ao telefone... Andava a fugir um pouco de falar com ela... Conhece-me bem demais, sente-me bem demais...

A minha mãe é uma pessoa parca em palavras, não é muito de exprimir o que sente (a quem terei eu saído?!?!?! Isto tem tendência para piorar de geração em geração!)... Mas à poucos minutos saiu-se com uma frase que me anda na cabeça à dias e que não sou capaz de por cá fora: "Tenho tantas saudades tuas".

Frase simples... Normal para muita gente... A mim teve o condão de fazer brotar tudo o que tenho vindo a guardar dentro de mim desde que vim para cá... Não quero ser a miuda que veio do Norte para Lisboa trabalhar, não quero ser a miuda gira e extrovertida, não quero ser a miuda perfeita, não quero ser a pessoa para quem olham de lado quando digo que quero e preciso de ir à Eucaristia...

Quero descansar no Teu regaço... Nos braços da minha mãe...

Quero ser simplesmente... A Ni... Sem titulos... Apenas a Ni...

O Teu amor...

Este Domingo foi intenso... Fiquei em Lisboa e sai à descoberta de um pouco mais desta cidade (e arredores), procurando sempre pelo espaço onde possa contemplar mais que vigas e betão, longe da cidade cada vez mais louca, mesmo ao fim de semana.

Ainda bem que o fiz... Houve um sitio em particular, que me arrebatou completamente: o cabo da Roca (o ponto mais ocidental da Europa!!! Ui Ui!!). E o que mais me cativou e me fez entrar em contemplação foram as plantas que cobrem todo o chão daquele micro-clima. Por cada sitio onde olhasse, era o que via. São como Tu Pai... Para cada lado que olhe, estás sempre lá... Por vezes os meus olhos cansados é que não são capazes de Te ver. Mas ontem, e graças a essas plantas, os meus olhos ficaram um pouco mais alegres... Atentos... Hoje o dia foi mais leve...

Recuperando paz...

Mais um dia...

Na pureza de um sorriso...

...Voltar a ser criança... Ensina-me Senhor...

Puros de coração...

Obrigada Pai... Pelo abraço que fez valer todo um fim de semana... Por me teres tornado nestes dias um pouco mais pura de coração... É a Tua palavra...A Tua luz... O farol... Nesta longa caminhada é Teu amor...

Voltar a ser criança...

Este fim de semana em casa foi bem rico! Tive o prazer e a felicidade de participar numa das mais belas festas do amor: o Matrimónio. Ainda por cima de duas pessoas que me habituei a ver juntas desde que me conheço por gente... Foi belo... Houve tantos momentos mágicos nesse dia... durante a cerimónia lembro-me de estarmos a cantar à Mãe, fazendo-Lhe a consagração... Olhei para cima, onde Ela estava a velar por nós e em especial pela nova familia que se criou naquele instante... e para aquelas que ainda se vão formar... Maria, nossa Mãe...

O resto do dia foi vivido entre a alegria e a nostalgia... E por momentos voltei a ser a criança que brincava descalça na relva, sentindo nos pés a frescura e no coração a serenidade que já há muito tempo não sentia... Quanta falta me fazia sentir-me de novo assim... Que saudades! Abri os braços e olhei-Te no firmamento... Para as Tuas luzinhas...

E ontem na Eucaristia leu-se a epistola de Santiago... Díscipulo que fala do amor cristão... Do amor universal... E mais uma vez olhei-Te...